quinta-feira, 21 de julho de 2011

Faz tempo que eu não consigo escrever mais nada relacionado a contos ou histórias, até mesmo poemas. Acho que estou travando. Travando no sentindo de não conseguir mais escrever. Talvez porque eu esteja ficando cada vez mais impaciente, cada vez mais ansioso, e cada vez mais chato. Talvez porque eu não receba comentários sobre o que eu escrevo, talvez porque eu não saiba por que eu escrevo. Talvez por olhar o que eu escrevo e sentir pena de mim mesmo por sair essa coisa tão bisonha. Talvez dessa vez esse texto medíocre saia do meu computador e não seja desgostosamente apagado. Não tenho certeza. Hoje em dia olho mais esse blog para escutar as músicas do que qualquer outra coisa. Infelizmente algumas músicas estão dando problemas, e dá preguiça demais para mudar no site maneiro lá. O que torna esse blog ainda menos atrativo, se é que possível.

Não é que eu não esteja mais pensando. Longe disso, minha construção de pensamento está longe de terminar, mas está indo muito bem, obrigado. Ainda tenho minhas viagens, ainda tenho minhas crises, ainda tenho meus amores, ainda tenho minhas emoções. O que me falta agora é a antiga facilidade, ou o que eu achava que era facilidade, de passar para o papel o que sinto, quero. Enfim, vou abrir outra janela no Word, vê se sai algo. Porque a necessidade de escrever continua, mas sobre o QUE ou COMO escrever agora me é obscuro.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Licença Poética

Licença Poética


Estou farto do amor comedido
Do amor bem comportado
Do amor capiano de colégio público com livro de Física II advertência e manifestações [de apreço ao Sr. Diretor de calças justas.
Estou farto do amor que pára e vai averiguar no Google
o cunho vernáculo de um vocábulo.

Ó mar salgado, quanto do teu sal
Não são lágrimas de crocodilo?

De manhã durmo
De dia diurno
De tarde penso
De noite soturno

Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o sabiá,
Você não consegue ser corajosa
Nem aqui, mui menos lá

Quando eu nasci um anjo torto
Desses, que se anunciam na internet
Me disse: Vai, Thomaz, vai ser trouxa na vida

Mundo, mundo, vasto mundo,
se eu me chamasse Bernardo
Seria teu namorado, não um bundão
Mundo, mundo, vasto mundo,
mais vasta é minha solidão

No meio do caminho tinha uma medrosa
tinha uma medrosa no meio do caminho
tinha uma medrosa
no meu carinho tinha uma medrosa.

Vou-me embora pra Disney
Lá sou amigo do Mickey
Lá tenho a Laís que eu quero
Na cama que escolherei

Sal, cal, e alho
Mande o medo pro caralho. Amém.
O fogo de Sodoma e de Gomorra
dê coragem a cabeçorra. Amém
Tudo em fogo arda,
Que a nossa hora agora não tarda

- Não quero mais saber de paródia que não é libertação.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Poema cacheado

Poema cacheado

Quero escrever um poema cacheado
Com imagens concisas e turvas
Não aos poemas chapados!
Sim aos cachos e suas lindas curvas

Queria um poema com redondilhas redondas
Um poema com figuras curtas e longas
Onde o início meio e fim
Não fossem tão importantes assim

Queria cachos e cachoeiras
Queria ter talento suficiente
Para com as rimas e brincadeiras
Deixar você contente

Queria o samba da mulata
O ritmo do tambor com rapidez
Queria que a minha rima fraca
Tivesse dos cachos a fluidez

Queria escrever um poema cacheado
Com imagens concisas e turvas
Não aos poemas chapados!
Sim aos cachos e suas lindas curvas

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Morte e Morte da Nossa Relação

Sei lá quanto tempo depois....
Um poema de amor, como sempre, estou começando a me enjoar...
Está na hora de começar a escrever contos de terror (quem apoia a idéia? o/)
Esperam que curtam....


Morte e Morte da Nossa Relação

Nossa palindromática relação,
Onde o começo é igual ao fim,
Onde o sim é o não,
Onde o bom é ruim

Nossa circular relação,
Onde os grotescos erros
Que surgem em profusão
Apressam os enterros

Nosso Ouroboros dourado
Símbolo supremo do “Nós”
Ridículo, estúpido e desalmado
Sufoca e cala nossa voz

Nossa morta relação
Que viveu mais que merecia
Botei no caixão
Tudo que cabia

A minha ingenuidade
Coube direitinho, apertada
Junto a sua facilidade
De tornar a vida complicada

Suas incertezas e, seu maior defeito
O medo de um covarde eterno
Faça de tudo bom proveito
Leve direto para o Inferno

Quando você me afirmou feliz
Que tinha linearizado nossa relação
Que estava leve como uma perdiz
Condenou-a a danação

Minha pobre alma pequena
De mui grande cachola
Mataste a relação sem pena
Com um tiro da tua pistola