segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Morte e Morte da Nossa Relação

Sei lá quanto tempo depois....
Um poema de amor, como sempre, estou começando a me enjoar...
Está na hora de começar a escrever contos de terror (quem apoia a idéia? o/)
Esperam que curtam....


Morte e Morte da Nossa Relação

Nossa palindromática relação,
Onde o começo é igual ao fim,
Onde o sim é o não,
Onde o bom é ruim

Nossa circular relação,
Onde os grotescos erros
Que surgem em profusão
Apressam os enterros

Nosso Ouroboros dourado
Símbolo supremo do “Nós”
Ridículo, estúpido e desalmado
Sufoca e cala nossa voz

Nossa morta relação
Que viveu mais que merecia
Botei no caixão
Tudo que cabia

A minha ingenuidade
Coube direitinho, apertada
Junto a sua facilidade
De tornar a vida complicada

Suas incertezas e, seu maior defeito
O medo de um covarde eterno
Faça de tudo bom proveito
Leve direto para o Inferno

Quando você me afirmou feliz
Que tinha linearizado nossa relação
Que estava leve como uma perdiz
Condenou-a a danação

Minha pobre alma pequena
De mui grande cachola
Mataste a relação sem pena
Com um tiro da tua pistola

2 comentários:

  1. GENIAL!*-*
    Sério msm...
    Não sei se apoio só os contos de terror.
    Vc tem capacidade pra poder fazer qquer outra coisa que eu bem sei ;)
    Bjs, Laryssa

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  2. gosto um bocado do misto de raiva e amor no poema. acho a terceira estrofe desnessária, repete com menos talento as metáforas das anteriores. também não gosto do verso 'condenou-a a danação'. acho que fica melodramático em sentido pouco proveitável. agora, palindromática relação, e menção ao caixão e à cabeça grande da moça me parecem achados muito bacanas. =D

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