quarta-feira, 29 de junho de 2011

Licença Poética

Licença Poética


Estou farto do amor comedido
Do amor bem comportado
Do amor capiano de colégio público com livro de Física II advertência e manifestações [de apreço ao Sr. Diretor de calças justas.
Estou farto do amor que pára e vai averiguar no Google
o cunho vernáculo de um vocábulo.

Ó mar salgado, quanto do teu sal
Não são lágrimas de crocodilo?

De manhã durmo
De dia diurno
De tarde penso
De noite soturno

Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o sabiá,
Você não consegue ser corajosa
Nem aqui, mui menos lá

Quando eu nasci um anjo torto
Desses, que se anunciam na internet
Me disse: Vai, Thomaz, vai ser trouxa na vida

Mundo, mundo, vasto mundo,
se eu me chamasse Bernardo
Seria teu namorado, não um bundão
Mundo, mundo, vasto mundo,
mais vasta é minha solidão

No meio do caminho tinha uma medrosa
tinha uma medrosa no meio do caminho
tinha uma medrosa
no meu carinho tinha uma medrosa.

Vou-me embora pra Disney
Lá sou amigo do Mickey
Lá tenho a Laís que eu quero
Na cama que escolherei

Sal, cal, e alho
Mande o medo pro caralho. Amém.
O fogo de Sodoma e de Gomorra
dê coragem a cabeçorra. Amém
Tudo em fogo arda,
Que a nossa hora agora não tarda

- Não quero mais saber de paródia que não é libertação.