sábado, 6 de março de 2010

Uma dos contos que mais me deram trabalho na vida. Acho que demorei coisa de um ano para finaliza-lo. Mesmo assim não ficou muito bom.





Pedido e Declaração

Existe na velha Oicípsoh um velho castelo de pedra. Séculos antes, fora construído, quando o norte do reino era povoado por rebeldes, trolls e advogados.Todos, temerosos de serem rebelados, comidos por trolls e processados por advogados, ajudaram na construção. Ou quase todos.

Uma família, os Sicebmi, preferia plantar nabos, colher nabos e comer nabos a construir castelos. Todos dizem que Atna, a matriarca da família, secretamente desejava ter total domínio sobre Oicípsoh. Eu creio que era para mandar todos plantarem nabos, colherem nabos e para ela comer tudo sozinha. Atna era famosa por sua gula. Muito.

Assim, quando o castelo ficou pronto, todos foram convidados para celebrar. Na mesma hora, Tardado, o rei, enviou os convites. Dizem que o banquete era de uma suntuosidade imensa. Ouvindo rumores sobre a festa, Atna ficou babando de vontade. Pediu para o rei um convite para a festa. O rei Tardado lhe negou, já que sua família não ajudara para que todos se protegerem dos temíveis advogados, por isso não teriam direito à presença no banquete. Resumindo: a boca livre estava fechada aos Sicebmi. Eles ficaram possessos.

Muito pensaram que fazer e muito tramaram. Não conseguiram, porém, bolar nenhum plano para penetrar na festa. Atna e sua família não tinham fama de inteligentes. O conselho familiar, regado a nabos, não chegou a nenhuma decisão coerente. Chaves, o porco de estimação comunista, deu a melhor idéia, mas como era imbecil (cortar o suprimento de nabos para o castelo), ninguém foi na dele.

Ovrap, o neto predileto de Atna, ficou de saco cheio do conselho e resolveu passear um pouco pelas Terras Ermas E Perigosas. Não levou ninguém consigo. Sem lenço nem documento, Ovrap seguia o caminho, pensando em como conseguir um convite para a festança. Ia para o norte, sem se preocupar com as placas ao redor. Graças a isso, não percebeu quando chegou nas Terras Ermas E Realmente Perigosas (depois da floresta dos elfos saltitantes e um pouco antes do Acre). O lugar era desolado, não havia nada, só uma propaganda do segundo aniversário do Prezunic. Foi quando Ovrap teve A Idéia.

A Idéia era estúpida, batia 10 na escala de burrice. Loucos achariam a idéia retardada, mas Ovrap achou genial. A idéia era achar um monstro qualquer e invadir o castelo, para penetrar na festa. Realmente. Idiota ao extremo, Ovrap foi procurar seu monstro. Saiu das Terras Ermas E Realmente Perigosas e foi para o sul.

Tomando carona com vários fãs do Fresno e do Nx Zero, que iam para Boiolalândia, Ovrap conseguiu chegar em seu destino. O Congresso Nacional era povoado de monstros da pior espécie. Prestando atenção por onde pisava, Ovrap chegou no Mc Donalds restaurante freqüentado pelas feras. A primeira coisa que fez foi observar o ambiente: senadores e deputados riam lendo um livro de piadas intitulado de “Constituição Brasileira”. Realmente, nunca teve tanto medo na vida.

A sala estava lotada, então Ovrap foi empurrado para fora, contra sua vontade. Virou-se e decidiu escolher um monstro mais temível. Ou se arriscava a entrar no Big Brother Brasil ou ia para um jogo do Corinthians. Centrado em sua busca, Ovrap prosseguiu para o sul. Enfrentando diversos problemas, como fome, frio e a crise financeira mundial, o jovem prosseguiu.

Ia de encontro ao destino, pensando seriamente em se fantasiar poste, e ser contratado para a iluminação da festa. Só que não conseguiu arrumar uma fantasia de poste convincente. Tomado de desespero, entrou numa livraria ali perto, para ver se conseguia uma idéia por osmose. Olhou para a vitrine e finalmente encontrou a solução dos seus problemas. E, nem era mesmo um produto das Organizações Tabajara. Quase chorando de moção, Ovrap comprou seu livro e foi para casa, sonhando com os quitutes da festa. Usou um pouco de Vick para dormir. Esperou até dar meia-noite, saiu de casa. Rebolando, claro.

Na esquina de casa, aconteceu o que ele esperava. A luz do poste apagado apagou de vez. Momentos depois, ele sentiu uma mordida no pescoço de leve, um cheiro de lavanda e uma coisa incomoda em suas partes íntimas. Ovrap soltou um palavrão muito feio, mas estava feito. Rebolou de volta para casa.

A manhã chegou e Ovrap acordou, sorrindo para si mesmo. Rebolou até o castelo, certo que seu plano maléfico ia dar certo. Chegando lá, a festa estava para começar. O segurança pediu o convite, Ovrap suou frio, era agora. Mexendo em sua roupa, Ovrap tirou a blusa, e começou a brilhar ao sol. Irritado com o brilho excessivo do neo-vampiro-bicha, o segurança tirou sua arma e começou a disparar. Ganindo, Ovrap morreu, nas portas de conseguir atingir seu tão sonhado objetivo. Onde mais se contará história tão triste? Talvez, nunca.




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