No meio, final para ser mais exato, da prova de literatura, inspiração ou desabafo, não sei.
Prova de Amor
Sentindo o cheiro de morango
Comendo o chocolate
Fazendo a prova
Olha como ela franze a testa!
Ramos, nordeste, desenho, morangos
Que diabos, morangos novamente
Drummont, ela está concentrada
“A Flor do povo”, ela me perguntou
Domingo levo uma flor para ela
Dona Fulô, não pise em mim de novo
Te ver, menina, 11:15, droga
Nariz arrebitado, igual quando era bebê
Morangos, malditos sejam, me lembram da promessa
Um beijo, devo, quero, desejo
Que namorado babaca
Ou serei eu o idiota?
Acho que está na hora de pegar
Carro queimando na rua
Não é o momento, diz a professora
Outra vez morango, Ramos,
Êta provinha arretada.
terça-feira, 30 de novembro de 2010
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
Loja de Rapé
Outro trabalho de história....
Loja de Rapé
Vem Lucas, vem Pereira
Vem Damião, vem José
Tragam os baldes de madeira
Lá pra loja de Rapé
Pela rua vendendo o pó
Vão Pereira e Damião
Calça cheia de nó
Pés sujando o chão
O militar canta Zuleima,
Negra dos quadris altos,
Irritante em sua teima
Dos numerosos assaltos
“Sabe o que o sinhozinho é?”
Diz a escrava sem titubear
“É uma caixinha de rapé”
E sai ao gargalhar
Os cestos sobre a cabeça
O filho a tira-colo
Tem que vender antes que amoleça
O doce de coco e o bolo
“Preto, me dê o tabaco”
Ordena seu Miguel
Mais interessado no casaco
Do que em ir para o céu
Sai o escravagista
Lucas vende mais pó
Perde José de vista
Nunca se sentiu tão só
Sai do mercado então
Para encontrar o amigo
Ou talvez Damião
Ficar sozinho mora o perigo
Isso porque o sinhozinho
No alto da sua sabedoria
Acha que negro sozinho
É pessoa vadia
O sol se despede
O mercado esvazia
“Suor de negro fede”
Pensa a Sua Senhoria
Militar fica sozinho,
Os negros amaldiçoa,
Cheira seu pózinho
“Eta, coisinha boa!”
Loja de Rapé
Vem Lucas, vem Pereira
Vem Damião, vem José
Tragam os baldes de madeira
Lá pra loja de Rapé
Pela rua vendendo o pó
Vão Pereira e Damião
Calça cheia de nó
Pés sujando o chão
O militar canta Zuleima,
Negra dos quadris altos,
Irritante em sua teima
Dos numerosos assaltos
“Sabe o que o sinhozinho é?”
Diz a escrava sem titubear
“É uma caixinha de rapé”
E sai ao gargalhar
Os cestos sobre a cabeça
O filho a tira-colo
Tem que vender antes que amoleça
O doce de coco e o bolo
“Preto, me dê o tabaco”
Ordena seu Miguel
Mais interessado no casaco
Do que em ir para o céu
Sai o escravagista
Lucas vende mais pó
Perde José de vista
Nunca se sentiu tão só
Sai do mercado então
Para encontrar o amigo
Ou talvez Damião
Ficar sozinho mora o perigo
Isso porque o sinhozinho
No alto da sua sabedoria
Acha que negro sozinho
É pessoa vadia
O sol se despede
O mercado esvazia
“Suor de negro fede”
Pensa a Sua Senhoria
Militar fica sozinho,
Os negros amaldiçoa,
Cheira seu pózinho
“Eta, coisinha boa!”
Assinar:
Postagens (Atom)