sexta-feira, 2 de abril de 2010

O Pequeno Elfo e a Árvore Torta

Um contozim =B

O Pequeno Elfo e a Árvore Torta


Era uma vez, um pequeno elfo saltitante, que morava na Grande Floresta Verde. Esse elfo era amigo de todos, do pequeno Sr. Coelho a sábia Sra. Coruja. O elfo gostava de roupas verdes e adorava saltitar por toda a floresta, parando para conversar com as árvores bondosas e rir com os rios suaves. Todos amavam o pequeno elfo e se alegravam com seus passeios freqüentes na Grande Floresta Verde.

Contudo, o pequeno elfo verde era muito curioso. Curioso demais. Um dia, quando ia visitar uma colônia de cogumelos amarelos e vermelhos, se deparou com uma árvore raquítica, preta, retorcida. Suas raízes matavam todo e qualquer tipo de planta que nascesse perto.Pensando no que acontecera a pobre árvore, o pequeno elfo saltitou até o tronco e chamou s sra. árvore com sua voz aguda.

- Sra árvore, sra. árvore! Porque és tão distorcida assim? Quem te fez mal? Quem te machucou?

- Oh, pobre elfo, assim sou eu e assim serei. Digo, porém, a todos: como eu um dia vocês também serão. Não podem evitar, é o destino. E, tu, o que fazes aqui, pequeno elfo?

- Estava a passear quando vi a ti, sra. árvore. Que mal te acudiu? O que fizeste para merecer isso?

Nisso a árvore responde em tom injuriado:

- Nada fiz para isso merecer. Mas o destino assim quis, assim foi feito, pobre de mim. Entretanto, vejo que está curioso com minha condição. Então a ti proponho uma charada, pequeno elfo. Se acertares, eu te conto tudo sobre mim.

O que é que tudo fere, tudo mata
Rei, elfo, homem, nada lhe escapa.
Dos guerreiros é a morte
Da fortuna a má sorte
A fama ele varre como vento
A glória ele faz cair no esquecimento



O pequeno elfo então se calou, e pensou. Não conseguiu achar a resposta e voltou para casa amargurado, pensando na charada. Não mais o pequeno elfo saiu para passear na Grande Floresta Verde, preferindo ficar em casa e pensar no enigma da árvore distorcida. Mas, mesmo assim não lhe ocorreu a resposta.

Então o inverno caiu sobre a Grande Floresta Verde. Um inverno sem fim, já que o pequeno elfo não estava ali para saltitar e dançar junto aos seus amados animais. Sr. Coelho morreu, assim como a Sra. Coruja. As flores murcharam, as árvores secaram e perderam as folhas, ficando só tronco. Os bichos partiram para longe. Os cogumelos viraram negros e agora soltavam líquidos nocivos.

E o pequeno elfo envelheceu, seu cabelo alourado caiu e agora não conseguia mais saltitar. Uma imensa barba suja cresceu, mas ele nada fazia. Somente pensava, e pensava. Até que, depois de um longo tempo, achou a resposta.

Capengou até a árvore retorcida, que permanecera inalterada por todo o tempo. Ela estava sinistramente satisfeita em ver que toda a floresta tinha virado uma réplica de si mesmo. Em seus pensamentos gargalhava, ao ver o antigo elfo agora um velho alquebrado, mancando em sua direção.

- Sra. árvore, sra. árvore! – chamou. Sua voz agora era rouca e frágil. Débil. Um arremedo desprezível do que era antes, representando bem o que o elfo era agora.

-Sim? Ah, então és tu! Conseguiste decifrar o enigma? – a árvore tinha uma voz maliciosa e zombeteira

- Por muitos anos pensei, sra. árvore. Pensei e pensei, sem me importar com nada mais. E, até pouco tempo, minha busca foi em vão. Mas agora sei, sei qual é a resposta. – a voz do elfo continha uma emoção forte. A criatura chorava dos seus olhos leitosos. Finalmente, após todos esses anos. – A resposta é: o Tempo. Agora, conte-me o que és!

Ao ouvir a resposta, a árvore falou com voz dura:

-Sim, acertaste o enigma. Então queres saber o que sou?

- Sim! Por favor, todos esses anos eu quis ouvir.

- Eu sou a sua morte.

E a árvore retorcida prendeu o pequeno elfo com suas raízes e matou-o.





Eu simplesmente amo esse conto =)

Espero que gostem tanto quanto eu.

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